Harvard admite dois brasileiros ex-alunos da rede pública
Post on April 7, 2016, 2:24 pm by admin-2 0 Comments
Instituição aceitou 2.037 alunos do mundo todo para graduação. Número é recorde na instituição norte-americana.
Os brasileiros Arthur de Oliveira Abrantes e Walquíria Lajoia Garcia estão entre os 212 estudantes estrangeiros (10,4% do total) admitidos em 2016 pela Universidade Harvard. O resultado no dia 31 de março, individualmente para cada candidato. Ambos também foram aceitos por outras instituições e têm até 1º de maio para decidir em qual delas vão se matricular.
A turma que se forma em 2020 foi marcada pelo recorde de admissões de afro-americanos, cerca de 14%. Neste ano, 83 países estão representados, em comparação com 79 no ano passado.
Na trajetória da dupla, o ensino público em colégios mantidos pela União: Arthur concluiu o ensino médio no Instituto Federal do Triângulo Mineiro, enquanto Walquíria concluiu seus estudos em colégios militares no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em Brasília.
Foco mesmo com mudanças de turma
A trajetória de Walquíria Lajoia Garcia, nascida no Rio de Janeiro, sempre foi marcada por mudanças. Ao longo dos seus 18 anos, a estudante já morou em seis cidades por conta da profissão do pai, que é militar. Aproximadamente a cada dois anos, a família de Walquíria migra para um novo endereço. A estudante acredita que, além de suas excelentes notas, as constantes trocas de ambiente, idiomas e vivências foram fatores valorizados durante o processo seletivo da faculdade norte-americana.
Durante sua trajetória “nomâde”, Walquíria estudou tanto na rede pública de ensino quanto na particular. Do 8° ano ao 3° ano do ensino médio, ela passou pelo Colégio Militar do Rio de Janeiro, de Santa Maria e de Brasília, sendo o último onde a estudante se formou.
Além de Harvard, Walquíria foi aceita em Yale e outras três instituições norte-americanas. No momento, ela aguarda os resultados das bolsas de estudo para decidir em qual faculdade deve ingressar. “Meu pai é militar e minha mãe formada em direito, mas parou de trabalhar por causa das transferências constantes. Por isso, não tenho como custear o preço de uma faculdade fora e, definitivamente, conto com a ajuda da bolsa”, disse.
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Apresentado por Miami Advogado